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Série Squid Game (Round 6) não deve ser vista por menores.

A série sul-coreana Squid Game (Round 6) está a ser muito falada ultimamente.

Saiba porque não se deve ver essa série, pelo menos, se estiver com crianças por perto.

Squid Game - Round 6

Squid Game (conhecido como Round 6 no Brasil) é uma série coreana da Netflix que está a ser alvo de críticas, apesar de ser uma das séries que a Netflix anunciou com mais visualizações em pouco mais de um mês.

De facto, o que podemos dizer a respeito dessa série é que é a mais vista de todos os tempos na Netflix. Alcançou a posição número 1 em 90 países, incluindo EUA e Reino Unido.

Mas porque a série Squid Game está a ser alvo de críticas?

Embora a série Squid Game (ou no Brasil “Round 6“) seja uma série que mostra jogos infantis, a série é tudo menos uma série para crianças, pois é desaconselhada a menores de 16 anos. Cheia de cenas violentas e envolvendo sexo, a série manteve as regras dos jogos, mas alterou completamente o sentido das brincadeiras de crianças.

Na série, o jogo começa com 456 pessoas pobres e endividadas à procura da fortuna (o prémio final). Porém, quem é perdedor, perde a sua própria vida.

Porque adolescentes e menores não devem ver Squid Game?

Sem spoiler, vamos ver um dos jogos que aparece na série e que é muito conhecido, quer no Brasil quer em Portugal.

Um, dois, três, macaquinho do chinês (Batatinha frita, 1, 2, 3)

Essa é a regra para o jogo infantil:

  • Existe um participante que fica na frente com o rosto virado para a parede e as costas viradas para os outros participantes. Este deverá gritar “Um, dois, três, macaquinho do chinês” se estiver em Portugal, ou “Batatatinha frita, 1, 2, 3” se estiver no Brasil. Assim que acabar de gritar, ele deverá virar-se e ver quais são os outros participantes que estão a mexer-se.
  • Os outros participantes devem começar atrás de uma linha e avançar sempre que ouvirem o colega gritar, até chegarem à meta sem ser apanhados, onde se encontra o outro participante. Se alguém se mexer, perderá e ocupará esse lugar.

Já na série, as coisas são bem diferentes!

Na frente, ao invés de uma pessoa, existe uma boneca. Os seus olhos são equipados com infravermelhos ligados directamente a metralhadoras (fuzis) que têm o objectivo de matar quem for apanhado a mexer-se. Não são 10, nem 20 jogadores, mas nesse primeiro jogo encontram-se 456 pessoas pobres, que procuram arriscar as suas próprias vidas para ganhar 45,6 bilhões ₩ (wones que é a moeda da Coreia do Sul), o equivalente a 44 milhões de euros.

Assim que um dos primeiros jogadores é morto, todos os demais participantes se tornam concorrentes numa competição sem fim e sem dó nem piedade para com o próximo. Com o objectivo de chegar lá na frente, na meta onde se encontra a tal boneca e passar assim para o 2.º jogo, muitos são os que vão logo ficar ali estendidos no chão sem vida.

Só nesse primeiro jogo da série Squid Game, já se vê que a série não é mesmo aconselhada para crianças nem adolescentes. Todos os outros jogos acabam sempre da mesma forma: quem não conseguir atingir o objectivo do jogo é-lhe simplesmente retirada a vida.

Enfim, esta série retrata um jogo composto por vários jogos, cujos participantes estão ali à procura de ganhar dinheiro ou de perder as suas próprias vidas.

A GNR está atenta

Apesar da série ser indicada para maiores de 16 anos, alguns jovens já tentaram trazer para a vida real os mesmos jogos com regras bem semelhantes. Isso pode custar a vida dos participantes ou pô-la em risco. Por isso, é mesmo desaconselhada aos mais novos. Pois, mais uma vez, questionamo-nos se as crianças e adolescentes conseguem realmente diferenciar a ficção da realidade e manter a ficção no ecrã (tela) da televisão.

Em Portugal, a GNR (Guarda Nacional Republicana) informou, no domingo dia 17 de Outubro de 2021, que está “muito atenta ao fenómeno gerado por Squid Game” e aos efeitos que está a ter nos mais novos.

Na Europa, vários países, como a Bélgica, o Reino Unido e a Espanha, também já lançaram alertas por causa do aumento de violência nos intervalos das escolas. Durante os recreios, as crianças imitam algumas cenas da série sul-coreana.

No Brasil, directores de escolas também estão preocupados com o efeito negativo da série sobre as crianças e adolescentes e lançaram vários apelos às famílias para que não deixem os seus filhos assistirem.

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Rui Silva

Desde sempre apaixonado pela Informática, aos 11 anos, Rui Silva teve a sua primeira experiência com o ZX Spectrum +2B, aquele teclado com um leitor de cassetes. Em 2011, criou o site "i-Técnico - Informática Para Todos" tornando-se o seu administrador e criador de conteúdos.

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