“The Terminator” faz 40 anos! A ficção científica previu a realidade?
Há 40 anos, estreava-se um filme que lançou Arnold Schwarzenegger que o mandou para o auge da sua carreira cinematográfica. Chama-se Terminator. Será que já sabiam o que aí vinha?
O filme que vamos falar neste artigo tem o título original “The Terminator“, no Brasil é conhecido como “O Exterminador do Futuro” e, cá em Portugal, o título é “O Exterminador Implacável“.
Numa altura em que as conversas sobre inteligência artificial dominam os debates, James Cameron teve de voltar a alertar, mesmo a tempo para o 40.º aniversário do Exterminador com Arnold Schwarzenegger e Linda Hamilton.
“Avisei-vos em 1984, mas não me escutaram”, brincou James Cameron numa entrevista à CTV News. Para ele, a “inteligência artificial é usada como uma arma que é perigosa”.
No Exterminador, o computador Skynet assumiu o controlo em 2029 para acabar com a raça humana e envia um ciborgue ao passado, o famoso Exterminador (Arnold Schwarzenegger). O objectivo é a missão de liquidar Sarah Connor (Linda Hamilton), mãe do futuro John Connor, líder da resistência humana. Mas, enviam Kyle Reese (Michael Biehn) para defender a jovem Sarah.
O filme, lançado a 26 de Outubro de 1984 nos Estados Unidos da América, mostra já muita evolução a nível de efeitos gráficos e uma imaginação de como poderia vir a ser o futuro.
Exterminador: Um futuro ditado pela ficção?
O Exterminador tem como foco a Skynet, um computador que mais se parecia com uma plataforma de inteligência artificial (IA) altamente avançada, criada para assumir o controlo de todas as máquinas, ciborgues e robôs e voltá-las contra a raça humana, para acabar com todos os homens à face da Terra.
Um tanto quanto de ficção dos anos 80, não é mesmo? Mas, será que essa ficção ditou mesmo o “nosso” futuro?
Não podemos negar que serviu de apoio para evoluir a tecnologia ao ponto de já terem inventado um robô parecido com o T-1000, que apareceu na segunda sequela do filme “Exterminador”. Falámos nisso num artigo escrito em Janeiro de 2023. Já lá vão 2 anos! Clique aqui para ler ou reler o artigo.
T-1000 do Exterminador 2 já existe? Cientistas criam robô que vai do estado sólido para líquido
Além disso, Arnold Schwarzenegger desempenha o papel de um ciborgue, o T-800 meio homem meia máquina, que está coberto de pele humana, permitindo aparentar a forma humana e infiltrar-se no meio da sociedade. Hoje, já existem muitos robôs humanóides e a tecnologia de próteses robóticas não pára de evoluir. Ademais, já existem pessoas com próteses ligadas ao seu corpo e funcionam bem. Além disso, muitos robôs já conseguem actualmente expressar emoções faciais, conversar e realizar tarefas complexas.
Outro ponto é a capacidade do reconhecimento facial que vimos nesse filme. Hoje, também já é uma realidade. Em vários terminais de aeroportos, a identificação das pessoas é feita por meio de reconhecimento facial, ou seja, do rosto. Porém, dado o resultado positivo da sua implementação, esse método de identificação das pessoas já foi colocado em lojas e até em smartphones!
O sucesso…
Lançado em 26 de Outubro de 1984 e apresentado em mais de mil cinemas norte-americanos, o “Exterminador” permaneceu por duas semanas consecutivas no topo das bilheteiras e arrecadou um total de 78.3 milhões de dólares americanos.
Hoje, a franquia “Exterminador Implacável”, composta por seis longas-metragens, conta com uma série de televisão, uma série da web, uma série animada, um jogo de cartas, um RPG e ainda uma infinidade de jogos de vídeo (videogames), bem como passeios em parques de diversões. Tudo isso gerando ainda mais receita.
Preocupação do director do filme… e de todos nós
E se a Skynet virar realidade?
Com a evolução da inteligência artificial, é bem possível que dentro de pouco tempo, as máquinas vão aprender por elas mesmo, sem a intervenção do Homem. Isto fará com que possam comunicar entre elas mesmo, à semelhança do filme, ganhando autonomia para se desenvolverem.
Ademais, já temos muitos objectos a comunicarem-se entre si, como os smartwatches (relógios inteligentes) a enviarem dados para os smartphones, frigoríficos inteligentes que podem enviar uma lista de compras daquilo que falta, etc. Já imaginou se os robôs começam a falar entre eles mesmos, assim como aconteceu no filme “I, Robot”, com Will Smith?
Como dito acima, James Cameron, o director do filme “Exterminador”, mostrou-se preocupado ironizando que já tinha avisado há 40 anos.
Será que é só ele que pensa assim? Ou estamos já numa fase da tecnologia muito delicada e perigosa? A raça humana estará mesmo à mercê dos robôs?
Esperemos apenas que o futuro não seja assim como previu James Cameron.
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